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Aparelho Cardio Respiratório

 

 

Os fluidos circulatórios que constituem o nosso organismo são: sangue e linfa.

 

Ambos os fluidos circulatórios têm como função o transporte dos:

 

  • Nutrientes

  • Gases (CO2 e O2)

 

 

A parte líquida do sangue e da linfa são os principais componentes do líquido que constitui o meio interno, este é formado por água, sais minerais e substâncias orgânicas.

 

 

A linfa deriva do sangue mas, como não contêm hemácias, é incolor. Já o sangue adquire a cor vermelha devido à presença das hemácias uma vez que na sua constituição estas são formadas por ferro.

 

 

O SANGUE

 

O sangue é constituído por uma porção líquida que constitui o plasma e uma parte sólida, as células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas sanguíneas). 
 

 

 

 

A parte líquida é inferior à parte sólida para que o plasma consiga transportar as células sanguíneas.
 

 

 

 

Nota: Podemos dar sangue uma vez que as nossas células estão permanentemente a renovar-se.

 

 
 
Os glóbulos brancos ou leucócitos

 

 

Diapedese- é a capacidade que todos os leucócitos têm de se deformar para passarem nas paredes dos capilares (só é possível porque têm uma camada de células).

 

Os leucócitos saem da corrente sanguínea e vão em defesa de um determinado órgão. Saem dos vasos sanguíneos no local onde existe menor pressão e, juntamente com o plasma, passam através das paredes dos capilares, constituindo a linfa. A linda é o fluido circulatório que banha todos os órgãos.
 

 

 

 

Os glóbolos brancos não defendem o nosso organism da mesma maneira:

 

Fagocitose
 

 

 

 

Propriedade que os glóbulos brancos (macrófagos) têm de detetar um corpo estranho (agente patogénico), ou seja, o leucócito ao detetar um corpo estranho, envolve-o com os pseudópodes (falsos pés dá    se a expansão da membrana citoplasmática)e posteriormente cria um vácuo digestivo. Aí vão atuar as enzimas digestivas lançadas pela membrana citoplasmática. Após este processo, o agente patogénico é digerido (digestão intra celular) pelo Macrófago.

 

Esta função/propriedade pertence aos Macrófagos, sendo uma defesa do organismo não específica.

 

Para além do agente patogénico, a fagocitose também pode ocorrer num fagossoma.
 

 

  

 

 

Produção de anticorpos
 

 

  

Se o agente patogénico que se encontra no nosso organismo for maligno, os macrófagos não o consegue destruir nem digerir, sendo estes destruídos pelo próprio agente patogénico. Assim, a neutralização dessa substância é feita pelos linfócitos.

 

O linfócito é um glóbulo branco produzido nos órgãos linfáticos: gânglios, timo e baço.

 

Estes possuem um núcleo grande uma vez que é aí que a informação de como se combate um determinado agente patogénico é guardada.

 

  

Desse modo, os linfócitos detetam os corpos estranhos, os antigénios. Procuram, na sua memória, qual a proteína (anticorpo) que consegue neutralizar aquela substância. Se não for a primeira vez que a dada substância tóxica entra no organismo, então o núcleo da célula contém a informação necessária para combater o agente patogénico. Assim, os linfócitos produzem anticorpos (proteínas) que neutralizam os antigénios, criando assim o complexo anticorpo-antigénio.

 

 

Depois serão os Eosinófilos (macrófagos) que englobam o complexo através da fagocitose, eliminando o agente patogénico (antigénio) do organismo.

 

 

Esta defesa feita pelos linfócitos implica gastos de energia sendo que este tipo de defesa, uma defesa específica, ocorre apenas quando os macrófagos não conseguem destruir o agente patogénico.

 

 

 

  

Outra situação que pode ocorrer é o facto do agente patogénico que entra para o nosso organismo não se encontrar na memória do núcleo.

 

 

Assim, a partir do momento que o organismo entra em contacto com o corpo estranho, os linfócitos produzem vários anticorpos (leva um certo tempo até os linfócitos conseguirem produzir o anticorpo que neutralize o antigénio) e memorizam a informação desses anticorpos para uma próxima vez. Deste modo, a reação do organismo é mais rápida ao agente estranho quando este invade o organismo pela segunda vez. Por sua vez, os linfócitos mandam a informação de qual o anticorpo necessário para neutralizar o corpo estranho. Como há o aumento de produção de linfócitos nos órgãos linfáticos, o nosso corpo aumenta de temperatura (febre).

 


É por esta razão que dizemos que certas doenças só se apanham uma única vez, mas a verdade é que desde que se entre em contacto com o agente que provoca a doença, o nosso organismo reage de imediato, produzindo os anticorpos que tem em memória e deste modo não chegamos a ter os sintomas da doença.

 

 

Nota: Há certas informações que o núcleo apaga da sua memória caso o agente patogénico não apareça há muito tempo no nosso organismo. Isso acontece para que o núcleo possa reter informação de como neutralizar outros agentes patogénicos.

 

 

As vacinas são compostas por antigénios neutralizados, noutros casos ativos. São injetadas pequenas quantidades desses agentes no nosso organismo. O objetivo é que os linfócitos produzam anticorpos que neutralizem os agentes patogénicos injetados, de modo a que quando ficarmos expostos à doença causada por o agente da vacina, a resposta do nosso corpo seja imediata.

 

 

 

  

 

 

Tipos de leucócitos:

 

Os glóbulos brancos apresentam núcleo com forma diversificada. São classificados quanto à presença de estruturas granulares ou não, existentes no citoplasma.

 

 

Assim, classificam-se em: GRANULÓCITOS se apresentarem essas estruturas e AGRANULÓCITOS se não as apresentarem.

 

 

Os Agranulócitos têm núcleo de forma regular, e designam-se mononucleados.

Podem classificar-se em:

  • Linfócitos, se tiverem pouco citoplasma e forem de pequena dimensão;

  • Monócitos, se tiverem muito citoplasma, núcleo em forma de rim e de grandes dimensões.

 

 

 

  

 

 

Os Granulócitos podem apresentar o seu núcleo com vários lóbulos e por isso se designam polinucleados.

Os granulócitos dividem-se em:

  • Eosinófilos

  • Basófilos

  • Neutrófilos

 

 

 

  

 

Nota: As células, ao respirarem, transformam, através do O2, a glicose em ATP, com o objetivo de fornecer energia ao metabolismo basal. As pessoas com Anemia, falta de ferro, têm problemas nível da respiração uma vez que não produzem energia suficiente (ATP), cansando-se mais.

 

Os glóbulos vermelhos, Hemácias ou eritrócitos

Um milímetro cúbico do sangue contém cerca de cinco milhões glóbulos vermelhos, chamados também de eritrócitos ou hemácias. Uma variação de 4 a 6 milhões é considerada normal e uma de 8 milhões pode ser encontrada em indivíduos que vivem em regiões de grande altitude. Esse número pode ser menor que 1 milhão em caso de anemia grave. Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina (proteína que contém ferro, daí a cor vermelha destas células e do sangue). O facto da hemoglobina conter ferro permite que a ligação aos gases (CO2 e O2) seja mais rápida (inspiração e expiração).

 

Assim, a hemoglobina é a proteína responsável pelo transporte eficiente do O2 e do CO2.

 

Transporte O2 do dos alvéolos para os tecidos

Oxi-hemoglobina - hemoglobina + O2

 

    Transporte do CO2 dos tecidos para os alvéolos pulmonares

       Carbo-hemoglobina - hemoglobina + CO2

  

 

 

Quando as hemácias transportam o Oxigénio, este liga-se à hemoglobina e designa-se a esta ligação Oxi-hemoglobina, e quando as hemácias se ligam ao dióxido de carbono, designa-se Carbo-hemoglobina.

 

 

Após inspirarmos, a hemoglobina, que contém ferro, liga-se ao O2. Como as hemácias não saem da corrente sanguínea, ou seja, dos capilares o plasma sai do capilar formando a linfa. Assim, a linfa transporta o oxigénio até às células. Após esta troca, a linfa traz o CO2 proveniente das células até aos capilares. Por sua vez e já nos capilares, as hemácias transportam o CO2.

 

 

Nota: Quando nos magoamos ou ferimos, a variação da cor da nossa nódoa negra é uma manifestação do nosso sistema circulatório, ou seja, é uma variação do número de hemácias. Assim, à medida que o tempo passa, o número de hemácias que se encontram na nossa ferida é cada menor e, consequentemente, a cor vai mudando.

 

 

 

     As plaquetas sanguíneas ou trombócitos

 

As plaquetas sanguíneas intervêm na coagulação do sangue, regenerando/reparando os tecidos.

 

 

Não são verdadeiras células mas sim fragmentos de outras células, por isso não têm núcleo e têm a sua origem na fragmentação de células presentes na medula vermelha dos ossos (local onde se formam a maioria das células sanguíneas).

 

 

O número de plaquetas no sangue varia entre 250.000 a 350.000 por milímetro cúbico.

 

 

Existe no plasma uma proteína solúvel que se designa de fibrinogénio. Quando os tecidos se rompem essa proteína deixa de ser solúvel e passa a ser cristalina, denominando-se de fibrina (proteína não solúvel que forma uma rede). Os buracos dessa rede vão ser tapados pelos trombócitos, como também pela parte sólida do sangue (células sanguíneas), formando-se um coágulo (sangue espesso que tapa a rotura de um capilar).

 

 

Nota: Às células sanguíneas que ficam presas na rede, são-lhes absorvida a água dando, assim, origem à crosta, a qual tem a cor acastanhada devido à presença de hemácias.

 

 

Até os tecidos se regenerarem, a crosta não cai. Isso só acontece quando todos os tecidos estiverem novamente regenerados.

  


Vasos sanguíneos

 

Os vasos sanguíneos são tubos pelo qual o sangue circula, isto é, o sangue é canalisado por três tipos de vasos sanguíneos:

  

As veias, que reconduzem o sangue ao coração.

 

As veias têm um grande calibre sendo que não são tão espessas quanto as astérias uma vez que estas não estão sujeitas a grandes pressões sanguíneas, ao contrário das artérias.

 

As veias levam o sangue arterial e venoso para o coração.

 

As veias na parte inferior (membros inferiores) do organismo possuem um sistema de válvulas que impulsionam o sangue para o coração. Foi a forma que a natureza arranjou na passagem de quadrúpedes a bípedes. São estruturas frágeis e com a idade, excesso de peso, por exemplo, deixam de funcionar e originam as varizes (internas ou externas)

As artérias, que levam sangue do coração a todo o corpo.

 

As artérias transportam sangue arterial e sangue venoso do coração para o resto do corpo.

 

As artérias são mais espessas e elásticas do que as veias, pois as artérias têm de suportar a pressão do sangue bombeado pelo coração. Estas têm, assim, um grande calibre.

Os capilares, que ligam artérias e veias.

 

Os capilares são vasos constituídos por apenas uma camada de células são extremamente fininhos, pois têm como objetivo diminuir a pressão sanguínea para que o plasma, com O2, saia e constitua a linfa, para banhar as células e poder alimentá-las.

 

Os capilares comunicam com as veias através das vénulas e com as artérias através das arteríolas. Os glóbulos vermelhos passam um a um por estes vasos sanguíneos e os glóbulos brancos passam através das paredes por diapedese.

Nota: Para alimentarmos a célula, é necessária a diminuição da pressão sanguínea desde o coração até às mesmas.

 

O envelhecimento dos vasos sanguíneos provoca o endurecimento das veias, artérias e dos capilares. Como os vasos sanguíneos não aguentam a pressão sanguínea, rebentam provocando o chamado AVC. Os acidentes vasculares cerebrais acontecem cada vez mais em pessoas mais novas. Tal facto deve-se à má alimentação das pessoas.

 

 

Num círculo completo, o sangue passa pelo coração duas vezes: primeiro rumo ao corpo (grande circulação) depois rumo aos pulmões (pequena circulação).

Site:  www.infopedia.pt

  

Morfologia do Coração

O coração é um músculo e o sue tamanho é aproximandamente a de um punho fechado. Tem como função bombear o saungue para alimentar as células. Localiza-se na cavidade torácica, parte central, ligeiramente inclinado para o lado esquerdo, limitado lateralmente pelos pulmões, posteriormente pela coluna vertebral e está protegido anteriormente pelo esterno.

Função

Contrair

Dilatar

Sístole

Diástole

Parede do coração

 

É constituído por três camadas:

 

  • Pericárdio (dupla membrana, muito fininho): camada mais externa do coração que tem como função protegê-lo do movimento dos pulmões

 

  • Endocárdio: camada que reveste a parte interna do coração (cavidades)

 

  • Miocárdio: camada mais espessa irrigada por numerosos vasos sanguíneos, dos quais fazem parte as coronárias (vasos que dão "vida" e alimentam o coração). Fisiologicamente as células do miocárdio são contínuas permitindo a passagem dos estímulos cardíacos.

As coronárias são vasos sanguíneos as que "alimentam" as células cardíacas.

 

 

O interior do coração está dividido em 4 cavidades (orifícios). As cavidades superiores, mais pequenas que as inferiores, denominam-se aurículas (direita e esquerda) e as cavidades inferiores são os ventrículos. (direito e esquerdo).

  

A dividir, longitudinalmente, o lado direito e esquerdo do coração encontra-se o septo intraventricular. Esta estrutura é um músculo espesso que tem como função separar o sangue venoso, que circula no lado direito do sangue arterial, que circula no lado esquerdo (mistura entre estes dois tipos de sangue leva à morte).

 

 

O sangue Arterial transporta sangue rico em oxigénio e o Venoso sangue rico em dióxido de carbono.

 

 

A separar as aurículas dos ventrículos existem as válvulas auriculoventriculares. Do lado direito a válvula chama-se tricúspide (tri = três; cúspide = membrana de válvula) e a do lado esquerdo bicúspide ou mitral.

 

 

As aurículas comunicam sempre com as veias e os ventrículos com as artérias:

 

  • No lado direito a aurícula comunica com as veias cavas superior (trás o sangue da parte superior de todo o corpo) e inferior (trás o sangue da parte inferior do corpo). No lado esquerdo a aurícula comunica com as veias pulmonares (no total são 4, duas para cada pulmão) que se ramificam em direita e esquerda para levar o sangue ao pulmão direito e esquerdo.

 

  • No lado direito o ventrículo comunica com a artéria pulmonar através da válvula semilunar (são mais pequenas que as cúspides) pulmonar direita. No lado esquerdo o ventrículo comunica com a artéria aorta (que leva o sangue a todas as partes do corpo) através da válvula semilunar aórtica esquerda.

  

Site:  saude.hsw.uol.com.br

  

Ciclo cardíaco

 
 
 
 
 
 
Os impulsos elétricos gerados pelo músculo cardíaco (miocárdio, mais especificamente pelos nódulos que se encontram na aurícula direita) estimulam a contração do coração e das células. O sinal elétrico tem a sua origem no nódulo sinoauricular (SA) que se localiza na parte superior da aurícula direita. Quando o nódulo gera o impulso elétrico as aurículas contraem. O impulso passa para o nódulo auriculoventricular (AV), daqui para as fibras musculares dos ventrículos e dá-se contração destes.
 
Os nódulos enviam os impulsos elétricos para todas as células bem como para o coração a uma velocidade determinada. A frequência cardíaca poderá variar alguns segundos, variando com as condições físicas, nível de stress e fatores hormonais de um indivíduo.
  

Site:  oseufarmaceutico.wordpress.com

  
Nota: Quando os nódulos que enviam os impulsos elétricos ao coração não funcionam bem, ou seja, quando há uma deficiência na transmissão de impulsos elétricos é necessário colocar um pacemaker, o qual irá exercer a mesma função dos nódulos das aurículas.
 
 
 
O ciclo cardíaco envolve três fases distintas: Sístole auricular, sístole ventricular e diástole geral. Estas três fases realizam-se em cerca de 0,8 segundo. As sístoles são as contrações das cavidades e a diástole é o período de relaxamento das mesmas.
 
 
 
 
 
 
 
  
As aurículas recebem o sangue (diástole geral - 0,4 s- todo o coração se encontra em relaxamento uma vez que se encontra a receber o sangue) e o nódulo SA envia o sinal elétrico que estimula a contração das aurículas (sístole auricular - 0,1s), o sangue passa, assim, para os ventrículos, que se encontram em repouso, os sinais elétricos propagam-se para os ventrículos, as válvulas tricúspide e bicúspide fecham e os ventrículos contraem (sístole ventricular - 0,3 s) abrindo-se as válvulas semilunares.
 
 
Em média, num minuto ocorrem cerca de 80 pulsações.
 
 
Em suma, podemos concluir que o coração não funciona todo ao mesmo tempo. As aurículas, durante o ciclo cardíaco, relaxam cerca de 0,7 segundos enquanto os ventrículos apenas relaxam cerca de 0,5 segundos.
 
 
O que é a morte súbita?
A morte súbita consiste quando uma pessoa tem um coração muito desenvolvido, isto é musculado, e, por isso, a transmissão de impulsos elétricos ao lado esquerdo torna-se mais complicada. Caso esses impulsos não cheguem ao lado esquerdo, essas células não irão realizar os movimentos da sístole e da diástole e, consequentemente, a pessoa acaba por morrer naquele momento.
 
 
O coração está feito para durar tanto tempo porque o este relaxa (diástole) e contrai (sístole) o mesmo número de segundos (0,8 segundos).
 
 
 
 
Sistema Cardio Respiratório
 
A grande (circulação sistémica) e pequena circulação (circulação pulmonar).
  

Site:  forum.netxplica.com

  

Site:  connectedtothesubject.blogspot.com

  
A circulação sanguínea humana pode ser dividida em dois grandes circuitos:
 
  • um que leva o sangue aos pulmões (Circulação pulmonar), para oxigená-lo;
 
  • outro que leva o sangue oxigenado a todas as células do corpo, ou seja, a todos os sistemas (circulação Sistémica).
 
 
As duas circulações ocorrem simultaneamente.
  
Circulação Pulmonar (Pequena circulação)
A hematose é a troca entre o O2 e o CO2 nos alvéolos pulmonares que ocorre por difusão (passagem de substâncias de zonas de maior concentração para zonas de menor concentração). Esta passagem destes gases é facilitada pela existência de ferro.
 
 
Alvéolo pulmonar: sacos com apenas uma camada de células, a qual permite a passagem dos gases por difusão.
  
Circulação Sistémica (Grande circulação)
A linfa intersticial, com O2, plasma, glóbulos brancos e nutrientes, banha as células, fornecendo-lhes oxigénio bem como nutrientes. Após isso, a linfa, com CO2, ingressa nos tubos linfáticos, e desagua nas veias cavas, as quais transportam o C02, resultante do trabalho celular, para o coração.
 
 
Linfa intersticial-Não anda “canalizada”, envolve as células (plasma + glóbulos brancos + nutrientes + gases)
 
 
Linfa circulante- Anda canalizada em vasos linfáticos (zonas de maior dilatação são os gânglios linfáticos).
  

Aparelho Respiratório

O aparelho respiratório é constituído pelas vias respiratórias, pulmões e estruturas (órgãos) que auxiliam os movimentos respiratórios.

  
Vias respiratórias
Morfologia
Fossas nasais

São 2 orifícios que se localizam desde a base do nariz (narinas) até à faringe e estão revestidas por uma mucosa que contém pêlos. A mucosa tem como função humedecer o ar pois a difusão só ocorre quando o ar se encontra nessas condições. Essa é a razão pela qual temos mais dificuldades a respirar quando o ar está mais seco. Os pêlos por sua vez têm como função filtrar as impurezas bem como aquecer o ar pois a hematose só se realiza quando o ar se encontra a 36,5ºC. Daí as nossas narinas serem pequenas, para que o aquecimento do ar seja eficiente.

  
Faringe

Orifício que se localiza na cabeça. Está limitada superiormente pela boca, inferiormente pelo esófago. Faz a comunicação com dois aparelhos, o digestivo e o circulatório, através da epiglote. Quando respiramos, a epiglote tem como função tapar a comunicação com o aparelho digestivo, para que o ar entre na parte respiratória.

  

Órgão que se localiza entre a faringe e a traqueia. Contém as cordas vocais, que são duas pregas (fibras elásticas) que vibram com a passagem do ar originado o som.

  
Laringe

 

 

É um tubo com cerca de 10 a 12cm de comprimento por 1,5cm de diâmetro e que se localiza na parte central da cavidade torácica, anterior ao esófago.
O tubo interiormente é constituído por tecido muscular, tecido este, revestido por cílios (“pêlos”) e exteriormente por anéis cartilagíneos que têm como função evitar a asfixia. Essas cartilagens encontram-se abertos atrás porque, quando se dá a deglutição, o bolo alimentar empurra a traqueia para a frente para passar. Caso contrário, o bolo alimentar não passaria. Os cílios movimentam-se no sentido ascendente com o objetivo de expelir as impurezas.

  

 

A traqueia bifurca-se em dois tubos menores, os brônquios, que levam o ar aos pulmões. Os brônquios, tal como a traqueia, são revestidos por tecido muscular ciliado (cílios) e por anéis cartilagíneos. A única diferença é o facto de estes anéis serem fechados atrás, já que não há a passagem do bolo alimentar.

  

 

São ramificações dos brônquios dentro dos pulmões. Tal como os dois órgãos anteriores, estes também são revestidos por tecido muscular ciliado (cílios) e por anéis cartilagíneos. Cada bronquíolo termina num alvéolo pulmonar.

  

 

São pequenos sacos constituídos por apenas uma camada de células para permitir a Hematose Pulmonar. Ao conjunto destes dá-se o nome de saco alveolar.

  
Traqueia
Brônquios
Bronquíolos
Alvéolos Pulmonares
Pulmões (direito e esquerdo)

 

Forma: Os pulmões são dois sacos esponjosos.

 

Constituição: Os pulmões são revestidos por uma dupla membrana, a pleura. O pulmão direito é ligeiramente maior e dividido em três lóbulos. O pulmão esquerdo está dividido em dois lóbulos, sendo que é neste que se encontra encaixado o coração.

 

 

A pleura é uma membrana lisa que permite que os pulmões movam-se suavemente durante cada movimento respiratório. Entre as membranas existe um líquido, denominado líquido pleural, que tem como função impedir que os pulmões colem um ao outro.

 

 

A pleura recobre os pulmões, contornando-os na sua parte posterior, e reveste a face interna da parede torácica. Normalmente, o espaço entre as duas camadas lubrificadas da pleura é quase inexistente, e uma desliza suavemente sobre a outra durante a expansão e a contração pulmonar.

 

 

Função: Os pulmões têm como função aumentar a capacidade da caixa torácica e permitir que os alvéolos pulmonares encham de ar.

 

  
Estruturas respiratórias que auxiliam os movimentos respiratórios:

 

  • Diafragma

  • Esterno

  • Músculos intercostais

  • Costelas – ossos da cavidade torácica

 

  

Os pulmões e outros órgãos contidos na cavidade torácica são protegidos por uma armadura óssea formada pelo osso do peito (esterno), pelas costelas e pela coluna vertebral. Os doze pares de costelas curvam-se em torno do tórax. Na região posterior do corpo, cada par de costelas une-se aos ossos da coluna vertebral (vértebras). Na região anterior do corpo, os sete pares de costelas superiores unem-se diretamente ao esterno através de cartilagens costais.

 

 

O oitavo, o nono e o décimo par de costelas unem-se à cartilagem do par superior; as costelas dos dois últimos pares (costelas flutuantes) são mais curtas e não se unem na região anterior do corpo. Os músculos intercostais, localizados entre as costelas, facilitam a movimentação do gradil costal e, dessa forma, auxiliam na respiração. O músculo mais importante utilizado na respiração é o diafragma, uma bainha muscular em forma de sino que  separa a cavidade abdominal da cavidade torácica.

O diafragma fixa-se na base do esterno, nas porções inferiores do gradil costal e na coluna vertebral. O diafragma é um músculo que, quando contrai, aumenta o tamanho da cavidade torácica e, consequentemente, expande os pulmões.

 

 

Nota: O ranho é uma defesa natural do sistema respiratório. A mucosa produz mais para expelir as bactérias que se encontram neste sistema.

  
Fisiologia do aparelho respiratório

Movimentos respiratórios: Inspiração e Expiração
 

Na inspiração, cerca de 1 litro (quando respiramos a fundo cerca de 1,5 litros) de ar entra pelas fossas nasais, onde é aquecido e filtrado, passa pela faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares. Dá-se a hematose pulmonar (troca de Co2 por O2 através da difusão).

Na expiração o ar carregado de CO2 dos alvéolos pulmonares sai para o exterior pelos bronquíolos, brônquios, traqueia, laringe, faringe, fossas nasais ou pela boca.

 

 

Nota: Os pulmões têm cerca de 1 litro de ar de reserva.

  

A- Movimento de inspiração- O diafragma contrai e aumenta a capacidade da caixa torácica (ele desce).

As costelas sobem e deslocam-se para a frente através da contração dos músculos intercostais. O esterno acompanha o movimento. Os pulmões expandem-se e o ar entra para os pulmões carregado de oxigénio

B- Movimento de expiração- O diafragma dilata e diminui a capacidade da caixa torácica (ela sobe).

As costelas descem e deslocam-se para trás através do relaxe dos músculos intercostais. O esterno acompanha o movimento. Os pulmões contraem e o ar sai dos pulmões carregado de dióxido de carbono.

 

 

 

 

 

Troca de Gases entre Alvéolos pulmonares e os Capilares


A função do sistema respiratório é trocar dois gases: oxigénio e dióxido de carbono. A troca ocorre entre os milhões de alvéolos existentes nos pulmões e os capilares que os circundam. O oxigénio inalado passa dos alvéolos para o sangue nos capilares, e o dióxido de carbono passa do sangue nos capilares para o interior dos alvéolos através de um fenómeno denominado difusão (Os gases passam de zonas de maior concentração para zonas de menor concentração).

  
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